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Programas de Influência • Democracia e Cidadania Ativa

Juventudes e primeiro voto

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Programas de Influência

Pesquisa analisa comportamento político de jovens no início da trajetória política e cívica

Ao lado das ações de mobilização para a emissão de título de eleitor, a Fundação Tide Setubal realizou também o estudo Juventudes e Primeiro Voto. Com uma pesquisa qualitativa, encomendada pela Fundação Tide Setubal e conduzida pela socióloga Esther Solano e pela cientista política Camila Rocha, teve como objetivo identificar os anseios e motivações de jovens brasileiras e brasileiros de 16 a 18 anos que votaram pela primeira vez nas eleições de 2022.

As pesquisadoras entrevistaram 45 adolescentes dos seguintes segmentos políticos:

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Eleitoras de Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

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Eleitoras de Jair Bolsonaro (PL)

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Indecisas e indecisos

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“Nem nem”

Sinais identificados

A maioria das pessoas entrevistadas não se declarou como sendo de direita, tampouco de esquerda – para elas e eles, tais classificações não faziam sentido. Quem declarou voto em Bolsonaro o fez a partir da defesa de valores considerados conservadores. Contudo, quando questionadas/os sobre o desempenho do governo encerrado em 2022, consideravam que o então presidente teve o poder de ação limitado pela pandemia de Covid-19 e pelo mau desempenho na esfera econômica.

Já quem mostrou predileção por Lula mostrou-se mais identificada ou identificado com pautas sociais e com maior preocupação sobre a falta de oportunidades para as juventudes em áreas como trabalho e educação, em particular na área econômica e na esfera educacional, com destaque para ações no ensino superior, como o ProUni. À época, a maioria relatou não conhecer a trajetória de Lula, que havia estado na presidência de 2003 a 2010, e mencionou ter se informado sobre ele por intermédio dos pais, das redes sociais e de programas transmitidos na internet.

Outros sinais de atenção identificados por meio da pesquisa contemplaram as urnas eletrônicas: as pessoas entrevistadas, independentemente do alinhamento político, relataram confiar nos equipamentos, uma vez que o recurso tecnológico era, na visão delas e deles, mais confiável do que as pessoas responsáveis por fiscalizar o processo eleitoral. Além disso, elas e eles demonstraram ter baixo nível de conhecimento sobre as instituições responsáveis pela condução do processo eleitoral.

Os meios para informação identificados mostraram sinais significativos sobre a percepção política do público entrevistado. A maioria de quem participou do estudo relatou que se informava via internet e acompanhava notícias sobre fofocas, celebridades e influenciadoras e influenciadores.

Dentro dessa dinâmica, o contexto político era abordado por meio das redes sociais e de conversas com familiares, com quem assiste a conteúdos na televisão aberta e ouve programas de rádio. A imersão nesse tópico mostrou que elas e eles procuravam fugir de assuntos relativos ao contexto político. No entanto, quando era necessário pesquisar algum conteúdo específico sobre o tema, as pessoas entrevistadas recorriam a grandes portais – mas preferiam acompanhar postagens de amigos e assistir a vídeos engraçados.

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