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Desenvolvimento Organizacional

Sobre inclusão e acolhimento

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Desenvolvimento Organizacional

Iniciativas diversas foram colocadas em prática pelo Comitê de Diversidade e Inclusão para sensibilizar a equipe, organizações parceiras e o campo do investimento social privado (ISP) com relação à urgência do debate sobre o tema

Em 2022, o Comitê de Diversidade e Inclusão da Fundação Tide Setubal organizou uma série de ações para dialogar com atores de segmentos diversos da sociedade civil sobre a atuação do grupo, assim como sensibilizá-los com relação ao papel central que a diversidade e a inclusão têm para a promoção da equidade e a garantia de direitos democráticos.

A equipe do Comitê de Diversidade manteve-se, em uma frente, em diálogo constante com organizações da sociedade civil (OSCs) sobre o modo como o grupo atua, assim como sobre a Política de Diversidade e Inclusão no cotidiano da Fundação e na construção de projetos e editais desenvolvidos por todas as áreas e programas que compõem a sua estrutura.

Em outra frente, houve diálogos, por meio do envolvimento do Programa Raça e Gênero da Fundação na Rede Temática de Equidade Racial do Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE), com organizações do campo do investimento social privado (ISP).

Um dos destaques nesse contexto foi o papel ativo na organização do Mês da Filantropia Negra / Black Philanthropy Month (BPM), movimento realizado no Brasil em parceria com a The WISE Fund e coordenado pelo GIFE – em 2022, o BPM teve como tema Força – A urgência do agora! Do sonho à ação.

Já da porta para dentro, o Comitê de Diversidade e Inclusão promoveu uma atividade formativa com a equipe da Fundação Tide Setubal, em setembro de 2022, sobre o contexto relativo a pessoas com deficiência e aspectos fundamentais para evitar comportamentos discriminatórios e capacitistas – além da sensibilização relativa à importância de adotar medidas em favor da inclusão desse grupo e a conscientização.

A atividade foi mediada por Regiane Ferreira de Souza, psicóloga e especialista em educação, mestranda em Mudança Social e Participação Política pela Universidade de São Paulo (USP), e Soraia Alvarenga, educadora física e presidente da Associação em Defesa da Inclusão e Paradesporto dos Portadores de Necessidades Especiais (ADIPPNE), organização responsável pela formação de atletas para competições nacionais e internacionais de tênis de mesa na esfera paralímpica.

Outra atividade, desta vez encabeçada pela comunidade haitiana residente no Jardim Lapena, foi o 1o Seminé Imigran ak Teritwa ak Periferik. A atividade foi realizada no Galpão ZL, núcleo de Prática de Desenvolvimento Local da Fundação Tide Setubal localizado no Jardim Lapena, e apresentou diversas perspectivas sobre a vivência de uma pessoa refugiada em um território na periferia de São Paulo. Houve palestras sobre cidadania, direito de pessoas refugiadas e imigrantes, religiosidade, arte e cultura – inclusive com apresentações de artistas haitianas e haitianos residentes no território.

Acolher para incluir

Outro marco relativo ao trabalho do Comitê de Diversidade e Inclusão da Fundação Tide Setubal abrangeu a implementação do Canal de Acolhimento. O espaço, que foi desenvolvido no decorrer de 2021 e lançado no ano seguinte, tem como missão proteger direitos e realizar encaminhamentos para resolução de episódios de preconceito e discriminação envolvendo a equipe da Fundação Tide Setubal.

O Canal de Acolhimento é composto por três pessoas, sendo duas da Fundação Tide Setubal – Laís Guizelini, analista de Programas e Projetos, e Thiago Marcell Cassimiro, analista de Programas e Projetos – e por uma consultora externa. Neste caso, o posto é ocupado por Luanda Pires, CEO da P2 InterDiversidade, empresa especializada em cultura inclusiva. De acordo com Luanda, a existência de um ambiente inclusivo e livre de episódios de discriminação e assédio deve ser garantida por empregadoras e empregadores.

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A adoção de medidas de prevenção/combate à discriminação e ao assédio e a implementação de canais seguros de acolhimento e denúncia têm o objetivo de resguardar os ambientes de trabalho. Por isso, devem constar entre os objetivos de todas as organizações que primam por uma cultura verdadeiramente inclusiva e saudável. Ou seja, é um portal que garante não apenas a inclusão da diversidade dentro da organização, mas a sua permanência.” (Luanda Pires)

A perspectiva destacada pela CEO da P2 InterDiversidade dialoga com o modo como Cassimiro e Guizelini veem o trabalho do Canal de Acolhimento, a começar pelo processo para implementá-lo à rotina da Fundação Tide Setubal.

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Durante todo o processo, busquei enfatizar a dimensão do acolhimento, da escuta, e a importância da construção coletiva do canal, mas sem deixar de lado um protocolo que atendesse com eficiência às demandas que serão recebidas. Pensar o lado preventivo que se dará por meio das formações também é algo que me deixa bastante animada.” (Laís Guizelini)

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Contribuir com algo que contribuirá para os ambientes de trabalho da Fundação serem espaços mais acolhedores, seguros, mais saudáveis e atentos ao respeito à diversidade é incrível. Quando a construção é coletiva, facilita o percurso para alcançar os objetivos.” (Thiago Marcell Cassimiro)

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