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Programas de Influência • Planejamento e Orçamento Público

Gênero e raça no centro do orçamento público

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Programas de Influência

Publicação Orçamentos Sensíveis a Gênero e Raça aborda pontos e a organização de mecanismos para que profissionais em gestão pública possam ser conscientizados e sensibilizados

Desenvolver metodologias inovadoras que busquem combater desigualdades e direcionar recursos públicos para as regiões mais vulneráveis das grandes cidades são aspectos norteadores para a atuação do Programa Planejamento e Orçamento Público da Fundação Tide Setubal. Essas premissas visam à disseminação de boas práticas que incorporem a dimensão do combate às desigualdades no planejamento e gestão dos recursos públicos.

Dentro desse propósito, a Fundação Tide Setubal e o instituto A Tenda das Candidatas produziram o guia Orçamentos Sensíveis a Gênero e Raça. O material tem como objetivo instrumentalizar e sensibilizar profissionais da gestão pública, nas esferas estaduais e municipais. Suas metas principais envolvem as desigualdades de gênero e raça e como a integração de políticas públicas pode ser induzida a partir desse olhar transversal.

Instrumento em favor da equidade

O guia Orçamentos Sensíveis a Gênero e Raça promove, entre diversos aspectos, entendimentos sobre funções elementares e potencialidades políticas sobre o orçamento público. De acordo com o material, as funções do orçamento dizem respeito a distribuir recursos públicos de forma justa, por meio de investimentos em políticas públicas que busquem a equidade e a promoção da estabilidade econômica, com destaque para o comprometimento com a justiça social. Além disso, esses orçamentos também visam à distribuição da riqueza, para que sejam priorizados setores sociais mais desfavorecidos, o reconhecimento de direitos e seu cumprimento.

Outro ponto a ser destacado sobre o guia diz respeito à compreensão sobre o que são orçamentos sensíveis a gênero e raça: trata-se de iniciativas que promovem uma forma de analisar os impactos de investimentos governamentais sobre homens e mulheres e sobre populações brancas e negras.

Além disso, orçamentos norteados por tais diretrizes promovem melhorias na governança econômica e na administração financeira e um melhor e mais eficiente uso do dinheiro público. Ou seja, consistem em mecanismos para inclusão de análise de gênero e raça na gestão dos gastos públicos, assim como compõem uma perspectiva multissetorial e transversal e uma maneira de racionalizar o gasto público a partir da definição de objetivos concretos e coletivos.

A publicação destaca que não é possível falar em uma solução única ou definitiva para o enfrentamento das desigualdades de gênero e raciais quando o assunto é o orçamento público. Ainda assim, existe a possibilidade de colocar em prática ações para a promoção de um ambiente político propício para o desenvolvimento de peças orçamentárias que contemplem ambas as variáveis:

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Avaliação de políticas públicas a partir da perspectiva de raça e gênero

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Avaliação desagregada de beneficiárias e beneficiários por raça, gênero e idade

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Análise desagregada da incidência do gasto público

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Análise desagregada do impacto do orçamento no uso do tempo

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Marco de política econômica de médio prazo com perspectiva de gênero (ponte entre política e orçamento)

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Relatório orçamentário setorial com perspectiva de gênero e gasto etiquetado – ou seja, um classificador de gastos específicos para gênero

Por fim, a publicação Orçamentos Sensíveis a Gênero e Raça promove reflexão sobre a urgência de as políticas públicas precisarem incorporar princípios intrínsecos à sua proposta principal, transversalizando as questões de raça e gênero em todas as áreas da administração pública.

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