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Programas de Influência • Cidades e Desenvolvimento Urbano

Debates e projetos habitacionais com mais qualidade

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Programas de Influência

Projeto +Lapena Habitar tem como objetivos promover moradias de qualidade para a população do Jardim Lapena e intensificar o debate sobre a conexão entre habitação, urbanismo e garantia de direitos

Durante 2022, o Programa Cidades e Desenvolvimento Urbano desenvolveu iniciativas voltadas a melhorias na qualidade de vida de populações em territórios com vulnerabilidades e que proporcionem evolução na infraestrutura desses mesmos espaços.

Uma destas ações é o +Lapena Habitar, projeto realizado em parceria com o BlendLab – associação civil que promove transformações territoriais por meio de operações financeiras híbridas.

A iniciativa considera aspectos de desenho urbano e arquitetura, participação social e gestão condominial coletiva, modelo de negócio e financiamento. Para além da infraestrutura das unidades habitacionais, que serão ocupadas por meio de aluguel, cujo preço será acessível e priorizará a melhoria das condições de vida em vez do lucro, as construções poderão atrair, em médio prazo, investimentos para o bairro, aumentar a sensação de segurança por meio do uso das fachadas das construções e da ocupação espacial, além de favorecer o comércio local.

A administração ocorrerá por uma associação sem fins lucrativos, de modo coletivo, amplo, representativo e equilibrado e terá como foco promover e assegurar a participação popular e o protagonismo da população do Jardim Lapena na determinação dos rumos e da organização do espaço.

Aspas

Sabemos que muitos dos nossos programas de provisão habitacional no Brasil não chegam ao público de menor renda. Vencer essa barreira é o grande desafio para quem se interessa na produção e na oferta habitacional de interesse social. E, sobretudo, esse é um modelo de gestão ofertada pela sociedade civil. Isso possibilita novas formas de governança, que garantem maior acesso dos moradores, com mais representatividade e equilíbrio maior do tratamento de conflitos”, explica Fabiana Tock, coordenadora do Programa Cidade e Desenvolvimento Urbano da Fundação Tide Setubal.

Projetando o bem-estar e o futuro

O projeto +Lapena Habitar abriu, em 2022, uma chamada para escritórios de arquitetura, a partir de novas propostas na concepção de projetos, para ampliar a perspectiva sobre a construção de moradias em territórios periféricos a partir de novas abordagens estéticas, econômicas, ambientais e de convivência na concepção de projetos. Cinco projetos foram convidados para desenvolver e apresentar conceitos:

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Terra e Tuma e do Estúdio Síntese

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Coletivo Levante

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Gávea Arquitetos + Diego Portas + Matteria

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Estúdio Gustavo Utrabo

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Apparatus Architects & Alvaro Arancibia.

Os projetos foram desenvolvidos a partir de soluções urbanísticas e arquitetônicas que propusessem soluções e criações pensadas especificamente para as condições e a cultura dos territórios periféricos.

Todos eles tiveram de seguir parâmetros e diretrizes que consistiam em duas edificações para uso misto - habitacional e comércio -, sendo uma no Jardim Lapena e outra no centro de São Miguel Paulista. Esses trechos deveriam ser conectados por meio da passarela que já interliga ambos os bairros, existente sobre os trilhos da Linha 12-Safira da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Os cinco projetos foram apresentados à comunidade do Jardim Lapena durante evento realizado em 22 de novembro no Galpão ZL. Durante a atividade, os parâmetros que os compuseram - e estavam previamente estabelecidos na chamada para os escritórios - foram analisados por um comitê de avaliação composto por urbanistas e representantes das/os moradoras/es do Jardim Lapena. Essa comissão foi composta por:

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Mariana Almeida, diretora executiva da Fundação Tide Setubal

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Kátia Ramalho, analista de Programas e Projetos da Fundação Tide Setubal

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Guilherme Marcolino, Letícia Naiara, Odirlei Martins e Sandra Novais, representantes da população do Jardim Lapena

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Thiago Soveral e Sérgio Marcondes, do BlendLab

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Sandra Rufino, arquiteta e integrante do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo

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Cláudia Pires, arquiteta e urbanista e representante do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB)

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Lilian Veltman, diretora-executiva da plataforma de tecnologia Alpop (Aluguel Popular)

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Edilson Henrique Mineiro, da União Nacional por Moradia Popular (UNM)

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Carmen Silva, do Movimento Sem Teto do Centro (MSTC)

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Lisandra Mara, da Companhia Urbanizadora e de Habitação (Urbel), de Belo Horizonte (MG)

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Tiarajú Pablo D’Andrea, professor do campus zona leste da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da pós-graduação no campus da Universidade de São Paulo (USP Leste) e coordenador do Centro de Estudos Periféricos

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Marcelo Ribeiro, coordenador de Prática de Desenvolvimento Local da Fundação Tide Setubal

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Vanessa Padiá, arquiteta e urbanista, envolvida há 20 anos com habitação social e representante da SPTrans

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Vinicius Andrade, arquiteto, urbanista, professor e coordenador pedagógico na Escola da Cidade

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André Czitrom, representante da Magik JC, e do Projeto SOMA (Sistema Organizado de Moradia Acessível)

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Anaclaudia Rossbach, economista, envolvida na área de habitação social e assentamentos precários, e representante do Instituto Lincoln de Políticas de Solo

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Marcos Boldarini, arquiteto e urbanista e professor da Escola da Cidade

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Tereza Herling, professora de arquitetura e urbanismo na FAU Mackenzie

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Nabil Bonduki, arquiteto, urbanista e professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU-USP).

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